Por que votar em branco, não é uma opção?
Com a eleição que se aproxima tenho sentido, nos últimos dias, uma montanha russa de emoções. Primeiro porque me vem à lembrança a última campanha que participei e na qual me elegi vereadora por Osasco, e depois porque, de certa forma, na atual campanha eu também estou concorrendo a um cargo eletivo, já que sou a segunda suplente ao senado do candidato que a chapa do meu partido está apoiando.
Sair às ruas, conversar com as pessoas e olhar nos olhos de cada um é uma troca incrível. E saber e poder confirmar que, ao contrário do que muita gente diz, a população está sim muito interessada em política, também é incrível.
Porque a gente precisa de fato acreditar que a política é a ferramenta de transformação social mais poderosa de uma nação. É por meio da política que a gente escolhe quem vai nos representar em lugares que a maioria do povo não chega. É por meio dela que os eleitos propõem e constroem políticas públicas que podem mudar a vida das pessoas. É por meio da política que a gente convive, desfruta de direitos, entende deveres e desenvolve o país.
Mas nessas andanças, ainda encontro – poucas, mas encontro – pessoas que declaram que vão anular seus votos. E é para essas pessoas que eu escrevo agora.
Entre os que declaram que vão anular seu voto, está a parcela da população que não se identifica com nenhum candidato, e espera, anulando seu voto, que ele se some aos demais anulados e assim atinja metade dos eleitores, a fim de convocar outra eleição. Se a sua intenção ao anular o voto nas eleições é tentar uma nova eleição: esqueça! Isso não vai acontecer. Ao anular o voto nas eleições, você estará apenas diminuindo a quantidade de votos necessários para um candidato se eleger em primeiro turno.
A outra parcela da população que declara que vai anular o voto também não se identifica com candidato algum, mas simplesmente declara que não vai votar porque “não quer fazer parte disso”. Mais uma vez, esqueça! Votando ou não, você faz parte disso, com certeza. Porque ao não votar em alguém, você contribui para que o mais votado vença o pleito, e indiretamente, ajuda a elegê-lo.
Entende a lógica? O fato é que não dá para lavar as mãos nesse momento tão importante para o país. Sendo assim, e já que você terá que fazer isso de qualquer jeito, faça com responsabilidade e consciência de que o seu voto muda a vida das pessoas e a sua. Pesquise, assista debates, avalie propostas, investigue o passado, conversa com o seu vizinho, identifique uma causa. Algum dos que se apresentam há de comungar da mesma ideologia que a sua.
E vote! Votar é um dos símbolos máximos da democracia. É uma das formas de defender o direito a ter uma opinião. Níveis grandes de abstenção dão oportunidade à demagogia e ao populismo. Votar é participar da vida comum do país. É ter voz. É exercer a cidadania. É ser igual, mesmo com nossas diferenças, pois cada voto tem o mesmo valor.
Não deixe que outros decidam o seu futuro. No dia 2, nos encontramos na urna! Até lá!
Por Elsa Oliveira